Nasci inquieta e desejante, autónoma para aprender e desaprender. Curiosa aventureira, comunicadora convicta.
Criadora entusiasta de pensamentos, ideias e projectos. Arquitecta. Devota obstinada da beleza e do humor imprevisiveis.





28.11.14






























O Alentejo.
O que nasce além e se esgota no Tejo.
Aqui se fez homem, Portugal.
O Alentejo é temperamento de guerreiro.
É conseguir ver ao longe. Ao longe, porque longe é o sítio onde não se chega sem parar de andar.
É fazer caminho caminhando.
É resistência física. Calor. Coragem e temperamento.
Escassez.
É trabalho. É suor da lavoura.
Planície sem fim.
Ser alentejano é ser devedor à terra, mesmo quando a terra está devendo.
Paciência de monge.
É cantar. É sentar à mesa.
É o vinho. O queijo. A terra sagrada do pão. Saído do forno ou do dia anterior.
Ser alentejano é ter tempo. Vagar.
É que não se nasce alentejano, é-se alentejano. Sem pressa.

E o cante que nasceu no Alentejo foi cantar ao mundo que é alentejano.

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